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Ana Paula Fonseca
In:
Jardim Secreto
A pequena loira de olhos de ameixa andava como que flutuando sobre nuvens. Era uma rua repleta de árvores floridas, com ramos brancos com um bocado daquelas flores pequeninas que quando a lua cheia da meia noite aponta se abre mostrando todo seu aroma e resplandecer. O chão coberto de folhagens, parecendo tarde nublada de outono.
As folhas em meio flores pairavam no ar conforme os redemoinhos avivavam. Os pássaros eram testemunhas, faziam cambalhotas nos ar contagiando a atmosfera de alegria.
Madalen sentiu o vento lhe tocar, por momentos deixou-se levar conforme a sintonia do vento. As correntes vibravam de lá pra cá, contraia seus mais belos sentidos. Parecia-lhe tocar a alma, a respiração apertada de repente acalantou. Avistou aquela borboleta azul, em extinção, mas que por sorte ela sempre via nas belas tardes ensolaradas. Madalen adorava, pensava que quando ela aparecia algo de bom em sua vida estava acontecendo, era um momento único e sem explicação. Correu atrás da borboleta, mas como toda borboleta, se esquivou e sumiu entre os arbustos.
No fim da rua abria de longe uma clareira, uma linha de vento trouxe de encontro a sua palma uma folha verde, bonita, grande e bem torneada. Madalen estendeu sua mão para alcançá-la.
Com um toque sentiu toda a paz do momento, sentiu o cheiro que as flores exalavam, sentiu as pequenas abelhas que do pólen das flores se alimentavam e assim faziam a mistura prevalecer divinamente. A seiva das árvores escorria tronco abaixo alimentando toda a natureza alí situada. O solo demonstrava todo seu poder de fertilidade como mulher em tempo de alvitre.
Era tarde e Madalen viu que tinha de ir, ficou triste querendo voltar.
No caminho da volta viu Maria embaixo de sua árvore, também triste... As duas se olharam como que se comunicavam somente pelo olhar. Tinham se conhecido pelo motivo em comum, Madalen por gostar das borboletas, Maria por sua árvore...
Madalen foi embora mas olhando para trás, tentou fixar aquela última imagem... para sempre lembrar do momento mágico.
Era um momento comum naquele lugar, rotineiro. Mas para Madalen tudo era sempre mágico!
This entry was posted on 18:08
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2 Comments
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2 comentários:
O Segredo da Maria, talvez só Madalen conheça...
lindo de viver.
bjo Parcêra
E vivi a Arte Abortada!
Uma loirinha saltitante, tentando pegar bichinhos? Sou eu! ahahahahahaha
Adorei!!!
Beijo
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