Madalen perambulava pelas ruas do centro velho.


Ela sentia que alí era um lugar muito familiar, sentia nos asfrescos dos casarões antigos detalhes singulares e peculiares de uma época longícua. Esta bem intimista, sentia em sua respiração que já tivera momentos felizes alí.

Sentia falta de suas vestes pesadas, de seu espartilho apertando-lhe as costas quase que fumegando-a como uma mão regozijada de homem.


Andava pelo centro e sentia-se feliz, com tal grandeza inexplicável. Seguia caminhos quase que automáticos. Realmente. Estava em casa!


Madalen olhava em direção ao relógio, Estação Prestes Maia.

Mirava de longe as luzes bonitas, andou por quase 30 minutos só para ver de perto os ponteiros.

A noite caindo, perto das 18:00 horas, as pessoas passavam e a olavam como se não houvesse mulher alí com mais graça. Alegrava os homens que por alí a viam.

Mas Madalen nem tréla deu, as pessoas não condiziam com a época.


Ela lembrava que ao invés de automóveis alí tinham carruagens puxadas a cavalos, mulheres belas, homens cavalheiros que por debaixo do chapéu levavam a boemia e momentos outrora esquecidos.


Madalen estava feliz...


Madalen por segundos lembrou-se da imagem, mas partiu.

A alma não lhe permitia ir adiante